COMITIVA ESPERANÇA (letra e vídeo) com ALMIR SATER e SÉRGIO REIS, vídeo MOACIR SILVEIRA

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Em 1983, juntamente com seu parceiro Paulo Simões, Almir Sater iniciou uma comitiva que explorou o Pantanal, realizando registros fotográficos, pesquisando o modo de vida dos pantaneiros, de maneira poética, enquanto percorriam o Paiaugás, Nhecolândia, Piquiri, São Lourença e Abobral. Esse projeto, batizado de Comitiva Esperança, resultou em um documentário co-produzido pelo próprio artista e seu parceiro, bem como do maestro e violinista Zé Gomes, do jornalista, crítico e pesquisador Zuza Homem de Mello e do fotógrafo Raimundo Alves Filho. Juntos eles percorreram mais de 1000 quilômetros pelo interior do estado, pesquisando costumes e música do povo mato-grossense, numa viagem que durou três meses. No ano seguinte Almir Sater e a Tatu Filmes de São Paulo produziram o documentário "Comitiva Esperança". A iniciativa rendeu esta bela canção que logo se transformaria num grande sucesso nacional e internacional. Paulo Simões começou sua carreira artística apresentando-se em festivais na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Em suas composições apresenta influências da MPB pré Bossa Nova, do rock internacional e da música andina. Tem composições gravadas por Renato Teixeira, Sérgio Reis e Diana Pequeno. Com Almir Sater compôs, entre outras, "Capim de Ribanceira" e "Semente". Um de seus maiores sucessos é "Trem do Pantanal", parceria com Geraldo Roca e que para muitos converteu-se em uma espécie de hino da moderna música popular de Mato Grosso do Sul. Almir Eduardo Melke Sater é um violeiro, compositor, cantor e instrumentista brasileiro, que também atuou em novelas como ator. Seu estilo caracteriza-se pelo experimentalismo e sua música é descrita como folk. Agrega uma sonoridade tipicamente caipira da viola de 10 cordas, o folk norte-americano e também influências das culturas fronteiriças do seu estado, como a música paraguaia e andina.

Comitiva Esperança
De: Almir Sater e Paulo Simões
Nossa viagem não é ligeira, ninguém tem pressa de chegar
A nossa estrada, é boiadeira, não interessa onde vai dar
Onde a Comitiva Esperança, chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piquiri, o São Lourenço e o Paraguai
Tá de passagem, abre a porteira, conforme for pra pernoitar
Se a gente é boa, hospitaleira, a Comitiva vai tocar
Moda ligeira, que é uma doideira, assanha o povo e faz dançar
Oh moda lenta que faz sonhar
Onde a Comitiva Esperança chega já começa a festança
Através do Rio Negro, Nhecolândia e Paiaguás
Vai descendo o Piquiri, o São Lourênço e o Paraguai
Ê, tempo bom que tava por lá,
Nem vontade de regressar
Só vortei eu vô confessar
É que as águas chegaram em Janeiro, deslocamos um barco ligeiro
Fomos pra Corumbá